Por Sandro Medeiros Alves, presidente do SINDAF-SC – Auditor Estadual de Finanças Públicas
Santa Catarina enfrenta um cenário de incerteza econômica com impactos reais sobre sua arrecadação, o nível de emprego e a renda dos cidadãos. A decisão dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto, atinge diretamente setores estratégicos da economia catarinense, fortemente voltada às exportações.
Produtos como carnes suína e de frango, madeira, têxteis e máquinas estão entre os mais afetados. Já se observam efeitos concretos, com férias coletivas em algumas áreas de negócios catarinenses, e entidades empresariais apontam prejuízos bilionários. O alerta é claro: Santa Catarina pode ser profundamente prejudicada se medidas técnicas e responsáveis não forem adotadas com urgência.
Diante dessa conjuntura, os Auditores Estaduais de Finanças Públicas reforçam a necessidade de uma gestão pública baseada em dados, planejamento e responsabilidade fiscal. São esses profissionais que monitoram diariamente as receitas públicas, controlam o fluxo financeiro do Estado, elaboram as peças orçamentárias e garantem a conformidade das contas públicas, consolidando os resultados que são apresentados à sociedade.
Na pandemia da Covid-19, a atuação técnica dos Auditores Estaduais de Finanças Públicas foi fundamental para que Santa Catarina mantivesse equilíbrio fiscal mesmo diante de forte retração econômica. Hoje, com a crise comercial em curso, sua expertise em análise de riscos e projeções fiscais pode orientar os gestores na busca de soluções que minimizem os impactos econômicos e sociais.
É fundamental que disputas políticas e ideológicas sejam deixadas de lado. Santa Catarina não pode arcar com os custos de embates entre governos ou disputas diplomáticas que desconsiderem os efeitos diretos na vida dos catarinenses. Empregos, renda e estabilidade não podem ser comprometidos por decisões baseadas em ideologias.
Os Auditores Estaduais de Finanças Públicas alertam: é hora de agir com coerência, foco técnico e compromisso com o bem-estar da população. O momento exige união, responsabilidade e respeito ao interesse público.
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